terça-feira, 27 de outubro de 2009

Um espaço só seu

Sandra Maia

Seg, 26 Out, 08h07
Sandra Maia*/Especial para BR Press

(BR Press) - Esta semana, conversando com um amigo, percebemos o quanto deixamos de lado nossos sonhos. Por vezes por causas nobres; por outras, por questões que, bem, poderiam ser postergadas em prol dos nossos objetivos.
E por que o tema? A questão é: quando haverá tempo para que possamos verdadeiramente existir - dentro ou fora da relação? Porque nos permitimos encolher, emburrecer, deixar de ser?
Isso! Estou falando do mais básico - da razão fundamental - de estarmos aqui: Existir. Ser. Acontecer...
E, se o tempo passa, com ele passa também a vida e tudo o que fazemos ou não fazemos - até mesmo a mistura que criamos quando incorporamos o que não é nosso, deixamos de estar presentes... (e isso pode ser tudo ou nada... aquele mau humor que não nos pertence, aquela tristeza que não é nossa, aquela vontade de morrer que não compartilhamos etc, etc...).

Outras esferas

E tem mais: se nos comportamos dessa maneira na relação amorosa, deixamo-nos também contaminar nas relações familiares, naquele grupo de amigos, na organização, no clube, de qualquer segmento que nos destaca do todo.
E então vamos passar a viver só! Não vamos mais participar de qualquer grupo social, profissional ou familiar???? Não! A questão, lembre-se, é: Como continuar a existir dentro ou fora da relação?

Conjunto

Somos, afinal, especiais enquanto pertencemos... E, nesse sentido, contribuímos para que o outro, a organização, o grupo como um todo tenha alma, visão, missão... Tenha um motivo de existência. Participamos da construção de diferentes sonhos e isso também nos faz melhor.
Ajudamos nossos companheiros, familiares, amigos ou empregadores a construir seus sonhos. Interferimos na construção da sua missão do significado de sua existência. Viabilizamos a visão, ou seja, tudo o que é possível. Absorvemos seus valores ou melhor, nos identificamos ou até mesmo nos associamos a estes e dessa forma, tocamos nosso dia-a-dia.

No centro dos sonhos

Às vezes mais perto, às vezes milhas e milhas distantes do nosso centro... E, se é assim com todos, por que para alguns é mais fácil manter-se no eixo, na essência, no ser? Por que alguns respondem melhor a questão acima?
Realmente, acredito que não seja fácil para ninguém manter-se no centro, em si mesmo, no sonho. Os atalhos estão aí e, sem perceber, escolhemos um ou outro ao longo da vida. E estes, com certeza, nos tiram do foco. E não só os atalhos nos distraem - nos deparamos com situações todo o tempo, com algo que gostamos muito - um jardim, uma flor, uma relação, um novo emprego etc., etc... Ou que não gostamos - um dia de chuva, um carro quebrado, um atraso, um desencontro, etc, etc...
E, como Alice no País das Maravilhas, ora tomamos uma ou outra direção - nos esquivamos, paralisamos ou vamos em frente e, sem perceber ou compreender bem, deixamos de saber para onde estamos indo. Onde de fato queremos chegar. O que queremos ser - qual era mesmo o sonho?
E, então, para aqueles todos que não sabem onde estão, para onde vão ou onde querem chegar, o problema é: não há qualquer possibilidade de reencontrar-se, a não ser com forte trabalho de autoconhecimento, meditação, autotransformação. Tudo o que nos remete para dentro, para o que conta, para o que viemos... Escolhas... Sempre escolhas!

http://br.noticias.yahoo.com/s/26102009/11/entretenimento-relacionamentos-espaco-so.html

terça-feira, 20 de outubro de 2009

ISSO É MUITA SABEDORIA

Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer

Clarice Lispector

sábado, 3 de outubro de 2009

Como a noite descesse...

Como a noite descesse...
Emílio Moura

Como a noite descesse e eu me sentisse só, só e
[ desesperado diante dos horizontes
[ que se fechavam,gritei alto, bem alto: ó doce e incorruptível
[ Aurora! e vi logo que só as estrelas
[ é que me entenderiam.
Era preciso esperar que o próprio passado
[ desaparecesse,
ou então voltar à infância.
Onde, entretanto, quem me dissesse
ao coração trêmulo:
— É por aqui!

Onde, entretanto, quem me dissesse
ao espírito cego:
— Renasceste: liberta-te!

Se eu estava só, só e desesperado,
por que gritar tão alto?
Por que não dizer baixinho, como quem reza:
— Ó doce e incorruptível Aurora...
se só as estrelas é que me entenderiam?

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Entrevista " Não nascemos prontos"

Ao começar a assistir o vídeo da entrevista de Mario Sergio Cortella; "Não nascemos prontos", comecei a pensar sobre a juventude e sobre as transformações que nos envolvem, e sobre o de que os tudo que desejamos têm que ser atendido.
No entanto o querer não é poder. Mas estamos em uma sociedade em que a criação dos filhos, às vezes é sem a presença direta dos pais, no qual acabam, por uma série de fatores influenciados em algumas ocasiões pela mídia, que os pais devem compensar a sua falta com presentes, e fazer o possível para poder a agradá-lo, e a cada passo a o surgimento do comodismo. Assim ficamos sem saber o trabalho que é trabalhar.
Mas vivemos em uma sociedade em que cada vez procuramos mais coisas práticas, não queremos ver ou realizar o processo, queremos coisas que sejam rápidas que não envolva muito tempo, então deixamos de saber o trabalho que é para se obter as coisas, inclusive o mercado contribui cada vez mais com isso, pois certas coisas que envolvia um preparo, hoje já temos pronto do jeito que queremos.
Com isso lembrei de pontos e situações que ocorreram recentemente comigo, o de que estamos em constante transformação e que as situações e lugares tem influência sobre nós, e que não somos inéditos, eu não sou uma pessoa inédita, que no Aurélio significa; nunca visto, original, incomum, pois mesmo estando em constantes transformações, ainda carregamos coisas do que "supostamente" éramos antes, e como em situações em que comete erros levei comigo para não cometê-los de novo ou em acertos para acrescentar-me, carregando ainda defeitos ou qualidade e aprimorando-nos a cada momento, mais o modo em que eu sou hoje, eu nunca havia sido antes, sendo assim estamos sendo a cada momento novos, pois a nossa maneira de agir varia a cada momento, nos formando.Assim vem a questão de que não nascemos prontos, pois se fossemos prontos não poderíamos passar por transformações, nem adquirirmos conhecimento a cada situação, e o que vale agora é os objetivos que temos para nos como pessoas, para não chegarmos a perfeição, mas mais perto do que desejamos e de transformações que ajudem-nos em nosso censo-crítico.
Nesse vídeo parei em um momento em que me levou a vários caminhos; o de que vivemos em uma sociedade em que a ética exige a capacidade de justiça, que é todos terem alimento, porém as crianças que estão se desenvolvendo hoje desperdiçam os alimentos em brincadeiras enquanto muitos passam fome e desenvolvem uma alimentação prejudicial e que você não vê o trabalho que o resultou, enquanto podia se usar esse tempo para poder ter uma interação entre a família, o que hoje está difícil de se arranjar, pois cada vez estamos mais longe de nossos pais e a procura de conforto material, sendo as relações colocadas de lado, pois queremos dar o conforto, no entanto, penso que palavras podem valer muito mais do que bens, e exercitadas até em pequenos pedaços de tempo do nosso corriqueiro cotidiano, que possa ter até influencia em nossas escolhas e transformações, para alcançarmos se possível o que queremos ser, pois não nascemos prontos.


Iolanda Nogueira

domingo, 13 de setembro de 2009

Figura de Linguagem

O que é Figura de Linguagem?
Figuras de linguagem são estratégias literárias que um escritor pode aplicar em determinado texto com o objetivo de fazer um efeito determinado na interpretação do leitor, são formas de expressão que caracterizam formas globais no texto.Elas podem se relacionar com aspectos semânticos, fonológicos ou sintáticos das palavras afetadas.
Observando o diálogo entre dois amigos, percebi duas figuras de linguagem constantes no nosso vocabulário, (nomes fictícios).

João: Antes de ir na casa da Paulinha, tive que subir lá em cima do telhado para arrumar a antena para minha mãe.
Marcos: Toda vez que você vai sair, você tem que arrumar a tal da antena da mamãe, já foram mais de um milhão de vezes, incrível.

Podemos perceber na conversa do João e Marcos, duas figuras de linguagem muito utilizadas, a primeira foi o pleonasmo "tive que subir lá em cima".

Quem sobe, logicamente foi para cima, pois é impossível subir para baixo.
O Pleonasmo possui essa característica, trata-se de idéias já ditas e que são novamente "ditas ou confirmadas", são expressas por idéias iguais, exemplo:

Subir para cima, descer lá em baixo, Vi com os meus próprios olhos.
Podemos perceber também na conversa, a segunda figura de linguagem, que é a hipérbole: "já foram mais de um milhão de vezes".
Ocorre a hipérbole quando há um exagero na idéia expressa, de modo a acentuar de forma dramática aquilo que se quer dizer, transmitindo uma imagem inesquecível.

Exemplos:
BomBril, a esponja de aço com mil e uma utilidades.Já te avisei mais de mil vezes.Rios te correrão dos olhos, se chorares! (Olavo Bilac).

As principais figuras de Palavras são:
Alegoria
Antífrase
Metáfora
Metonímia ou Sinédoque
Comparação simples
Comparação por símile
Hipálage
Ironia
Sarcasmo
Catacrese
Sinestesia
Antonomásia
Metalepse
Onomatopéia
Antítese

Relação do símbolo yin yang com a Igreja do diabo

No símbolo do yin yang, temos duas forças complementares que compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. No yin yang é preciso haver uma relação entre as forças do bem e domal, para haver um equilibrio.
A idéia de cotidiano que o bem e o mal são forças opostas, traz uma certa contradição, não estaria as forças do “bem” e o “mal” juntas? Como no Cconto de Machado de Assis, A igreja do Diabo, em que o Diabo vai apresentar a sua idéia de fundar uma igreja, pois diz está cansado de tanta desorganização:
“- Só agora concluí uma observação, começada alguns séculos, e é que as virtudes, filhas do céu, são em grande número comparáveis a rainhas, cujo manto de veludo rematasse em franjas de algodão. Ora, eu proponho-me a puxá-las por essa franja, e trazé-las todas para minha igreja; atrás delas virão as de seda pura...”
Nesse trecho como em otros do conto, faz pensar como o bem e o mal andam juntos, com se a ação de um tivesse interligada com a do outro. O mundo, no conto de Machado, é aquele em que o Mau predomina sobre o Bem, e no qual, as virtudes estão submetidas às mazelas.O "Diabo" desse conto, mesmo lutando contra o Bem, acaba colaborando com Deus, e por isso o criador o deixa fundar o seu ministério para recolher os homens que estão perdidos. Para o Mal personificado no conto, o erro é necessário à humanidade.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

As vezes a gente precisa de um tempo só nosso...para refletir...As vezes o silêncio é a melhor respostas para nossas dúvidas e incertezas...As vezes precisamos deixar de dizer coisas e guardá-las apenas para nós mesmos...Talvez assim evitamos ouvir o que não queremos escutar e principalmente...evitamos magoar outras pessoas..

Crise econômica



Gripe suína




A mídia corporativa vem implantando o pânico na sociedade com a cobertura desproporcional da gripe suíne. Tiram assim o foco da crise financeira e dos demais problemas reais de nossa sociedade. A gripe suína não é nada diferente de nenhuma outra, e doenças históricas e tradicionais matam muito mais que ela, como a dengue, a malária, a febre amarela, AIDS.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Mito da criação de Eunápolis

– UNIÃO E LIBERDADE –


Entre tantos fatos ocorridos para o surgimento de todas as coisas, a um em especial, em que demonstra que entre o medo e a loucura se perde a razão, presenciado por Nápo.
Conta-se que em Centralifik, se situava a sede de todos os deuses, de todas as forças, poderes, ideologias e lados.
Apesar da harmonia que reinava sobre Centralifik, havia desentimentos entre alguns deuses, que influenciava no comportamento de cada um. No entanto lá ocorreu um fato em que mudou a organização do lugar e da moradia dos deuses.
Nares, deus do mar e do tempo, soberano de todos os lugares e rei de Centralifik, apaixonou-se por Pores, deusa da terra e do continente, a pangéia. Eles não se entendiam muito, mas mesmo assim Nares segui em frente, fazendo com que o mar estivesse sempre a favor da terra.
Com o passar do tempo Pores apaixonou-se perdidamente por Nares e aceitou viver com ele em Centralifik.
Casaram-se em meio a mar e terra, em que folhas caiam por todos os lados. Chelis, deusa do vento, chamou de estação do outo.
Algum tempo depois nasce a filha de Nares e pores, e colocaram o nome dela de Outono. Porém havia um sentimento de inveja dessa união da parte de Chelis, que fez com que o continente se partisse em várias partes, formando vários continentes. Depois desse ato ela foi expulsa de Centralifik e colocada para viver com os mortais.
Pores ficou desolada. Nares tentava em vão consolá-la. Até que tiveram um filho, que trouxe a alegria de volta a Pores. Chamaram-no de Nápo, deus da união e compreensão.
O tempo se passou e Nápo e sua irmã; Outono, ficavam cada vez mais unidos. Só que Outono casou-se com Orves, com quem Nápo não via com bons olhos, mas procurou compreender, pois usa irmã o amava.
Nápo freqüentemente participava de torneios entre os deuses. E em um desses torneios, havia um prêmio, que era uma lagoa cristalina cercada por árvores no meio do oceano e perto do deserto na terra, que sua mãe e sua irmã admiravam.
Como as disputas para essa lagoa eram muito grandes, Nápo fez uma aliança com Orves para poder vencer. O que ele não sabia era que Orves também tinha planos e ambiciosos para aquela lagoa, pois segundo diziam alguns deuses, era a lagoa o ‘eú’, que significa riquezas.
As disputas do torneio aconteciam ao longo do caminho até a lagoa. E durante o trajeto, Orves pede para Nápo ir na frente que ele iria fazer uma parada. Nápo concordou e prosseguiu o caminho. Só que algum tempo depois resolveu parar e esperar.
Enquanto esperava, Lis, a deusa da liberdade, passava e sentiu-se encantada por Nápo, e ele do mesmo modo por ela. Como a caminhada até ‘eú’ era grande e demorava dias para chegar lá, pararam em diversos pontos e em pouco tempo já havia um grande laço de união entre eles.
Infelizmente, Orves e Chelis os observavam e vendo que a união entre Nápo e Lis podia prejudicar os planos da conquista de ‘eú’, decidiram acabar com os laços existentes entre os dois.
Mesmo os laços de união entre os dois serem recentes era muito forte e intenso. E entre a luta que se iniciou, Lis vendo que Orves ia atacar Nápo pelas costas se colocou em sua frente rapidamente, sendo atingida em seu lugar gravimente.
Nápo ao ver que Lis tinha sido atingida e com medo de perdê-la e a loucura de não conseguir fazer nada, perde a razão e mata Chelis, fazendo desencadear um furacão, jogando partes de terra ao redor de ‘eú’ (lagoa) e deixando Orves ferido.
Depois da luta ocorrida e tentando manter a paz, Nares, apesar de em parte não querer, expulsa Orves, Lis e seu filho querido Nápo de Centralifik. Dando a terra do torneio (que antes era a lagoa ‘eú’) à Nápo e Lis, que resolveram deixar que os humanos que soubessem compreender morassem lá com toda a liberdade, se tornando um povoado e mais tarde uma cidade, a junção deles; Eunápolis, cidade da riqueza, união, compreensão e liberdade.


Escrito por: Iolanda Nogueira











segunda-feira, 10 de agosto de 2009

SONETO DA FIDELIDADE

Vinícius de Morais

De tudo, meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor ( que tive ) :
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

O caminho da vida

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.
A cobiça envenenou a alma dos homens...
levantou no mundo as muralhas do ódios...
e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.
Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela.
A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.
Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis.
Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.
Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade.
Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura.
Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
(O Último discurso, do filme O Grande Ditador)

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Reflexão da entrevista de Adélia Prado – Sempre um papo

Assisti o vídeo de Adélia Prado, e sempre repetia pois achei fascinante, no sempre um papo em que ela fala sobre um tema em que sugeriu ao progama, sobre o poder humanizador da poesia, o qual certas falas achei muito poetica e como ela diz, mais ou menos nessas palavras; tudo aquilo que justifico como arte é pela poesia que ela tem, se não tiver poesia não é arte ( de todos os gêneros), não tendo ela é tudo menos obra de arte.
Ao ouvir isso comecei a refletir sobre o que vulgarmente chamamos de obra de arte, achamos muitas vezes que é uma coisa repetida mais arte que é arte é sempre nova não cansa e traz em si algo que não conseguimos ver, e através da forma que traz ela coloca o ser das coisas, o interior.
Algo que achei interessante é que para podemos ver o ser, o sentido da arte, se estivermos com o nosso própio orgulho não conseguiremos ver, é como se fosse um pano que nos cobre e que acostumamos muitas vezes em sociedade, em que na arte devemos abrir mão da razão e da lógica para poder senti-la, e que muitas vezes nos prende a um determinado ponto e o verdadeiro sentido daquela arte não chega até o nosso centro, ao nosso interior, os sentimentos, por talvez seguirmos idéias propostas ou colocadas no meio em que vivemos.
Algo que também me emocionou foi quando a Adélia citou que, a arte é para o sentimento, é para a inteligência do coração e não para a nossa inteligência lógica, para mim é como se quando seguimos pela razão as coisas precisassem de um sentido considerado certo, explicável e na inteligência do coração seguimos algo irracional que não precisa ser explicável, você apenas sente, não que saber o motivo para sentir. E tudo aquilo que foi retratado de maneira verdadeira, mesmo que esteja retratando a aparência de algo feio, nos toca de algum modo, não é a coisa em si, mas como ela se mostra.
E como o tema da entrevista a arte nos humaniza não pela a aparêcia mais pelo que ela nos faz sentir, mexendo no que sentimos. Como quando leio um livro é como se fosse um mergulho em sensações em que as vezes me vejo envolvida na situação, outras tento vive-la, mexendo com o meu própio eu, um mnergulho em sensações.
Algo que parei pra refeti foi sobre quando ela se refere a primeira angústia que sofremos que é a do tempo, sobre o qual a um ponto em que é muito discutindo a questão de que passamos, que somos finitos, a finitude de nossa vida, a de que será só isso para vivermos ou se tem algo mais. Já a obra de arte fosse alguma coisa que segurasse algo que nos emocionou, como se pegasse algo do tempo para ficar ali para poder ser lembrado.
Nessa entrevista ela comenta algo em que muias vezes queremos que é sgurar o tempo ou algo para a eternidade, que encontramos esse poder na arte. E que nos leva a pensar e acreditar que somos mais do que nosso aparência, que foi um dos motivos que me chamou atenção nessa entrevista, que como muitas vezes pensamos que bom que fulano fez isso, que existe aquilo e não paramos pra ver que também somos capazes disso, o que muitas vezes a arte nos proporciona o de ver mais do que esta ali da mera aparência.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

T R Á F I C O D E E N T O R P E C E N T E S
P R O S T I T U I Ç Ã O I N F A N T I L
L A V A G E M D E D I N H E I R O
H O M I C Í D I O D O L O S O
C O N T R A B A N D O
I M P U N I D A D E

C O R R U P Ç Ã O
E D U C A Ç Ã O

e s c r e v o
e s c r e v o
e s c r e v o
e s c r e v o
e s c r e v o
e s c r e v o
e s c r e v o
e s c r e v o
e s c r e v o
e s c r e v o
e s c r e v o
e s c r e v o
e s c r a v o

Não quero mais nada (só você)

Não quero escrever poesia
Não quero mais ser poeta
Poeta sofre demais
Não quero mais sofrer
Não quero mentiras
Nem verdades doloridas
Quero silêncio
Não quero mais!
Traga-me os sorrisos
Não me trague com um sorriso falso
Deixe-me em paz
Mas não me deixe


Múmias

Múmias- Biquini Cavadão

Bem aventurados sejam
Aqueles que amam
Essa desordem
Nós viemos a reboque
Este mundo
É um grande choque
Mas não somos desse mundo
De cidades em torrente
De pessoas em corrente...

Errar não é humano
Depende de quem erra
Esperamos pela vida
Vivendo só de guerra...

Viemos preparados
Prá almoçar soldados
Chegamos atrasados
Sumiram com a cidade
Antes de nós
Mesmo assim
Basta esquecê-la
No outro dia
Transformando em lataria
Tudo que estiver
Ao nosso alcance...

Errar não é humano
Depende de quem erra
Esperamos pela vida
Vivendo só de guerra...

Chega de marra
Chega de farra
Chega de guerra
Quem nunca falha
Fala, erra
Sorte, joga
A primeira pedra
Aqui na terra
Bicho que pega
Fica violento
Meu raciocínio
Transformado
Em racionamento
Só que talento
É minha forma
De reprodução
Corta câmera, corta luz
Que eu continuo em ação
Aproveitando
Nossa liberdade de expressão
Renato Russo, eu, Suave
E o Biquini Cavadão...

Bem aventurados sejam
Os senhores do progresso
Oooooohhhhhhhhhhhhhhh!!
Esses senhores do regresso...

Errar não é humano
Depende de quem erra
Esperamos pela vida
Vivendo só de guerra...
Vivendo só de guerra
Vivendo só de guerra
Viemos espalhar discórdia
Esperamos pela vida
Vivendo só de guerra
Conquistar muitas vitórias
Esperamos pela vida
Vivendo só de guerra
Conquistar muitas derrotas
Esperamos pela vida
Vivendo só de guerra
Esperamos pela vida
Vivendo só de guerra...

Tirinha da Malfada


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Tirinha da Mafalda


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Hieronymus Bosch

O avarento

Outra pintura de Hieronymus Bosch, que achei muito interessante e resolvi fazer uma analíse com pesquisas que procurei dela.
A cena desenrola-se no interior de uma casa, com o leito de morte de um avarento disposto obliquamente. Vê-se o moribundo dividido entre anjo, que lhe assiná-la um crucifixo, colocado numa janela no alto e da qual emana a luz, e um demónio que aparece por debaixo da cortina com um saco de dinheiro na mão. Diz-se que o diabo está a roubar o dinheiro e o avaro está mais preocupado com este facto do que com a sua salvação; também se diz que é ao contrário, que o demónio lhe está a oferecer esse dinheiro para comprar sua alma, e este tem dúvidas se aceita o dinheiro ou escolhe o crucifixo, isto é, a salvação.
De lado esquerdo, através de uma porta semi-aberta, aparece a morte
, representada como um esqueleto que se apresenta a arremessar uma lança.
Aos pés da cama está um velho, o mesmo avarento, com o rosário
entre os dedos, que está repondo moedas dentro de um cofre cheio de animais monstruosos.
Se quiserem olhar melhor a imagem aih esta o link:





Hieronymus Bosch



Hieronymus Bosch, e também conhecido como Jeroen Bosch, foi um pintor e gravador flamengo dos séculos XV e XVI.Muitos dos seus trabalhos retratam cenas de pecado e tentação, recorrendo à utilização de figuras simbólicas complexas, originais, imaginativas e caricaturais, muitas das quais eram obscuras mesmo no seu tempo.

+ 1 AKIM

Esses tempos estava lendo o livro Capão Pecado para fazer um relato pessoal, mergulhei na história que foi passada, depois vou postar o relato pessoal aqui. Ao ler esse livro ele quebrou de certa maneira preconceitos que tinha e me mostrou e me fez refletir de um outro ângulo a sociedade em que vivemos e os acontecimentos que presenciamos....No decorrer da leitura vi um rap que me chamou muita a atenção; +1 AKIM, que relacionei com uma outara parte do livro mais a frente (pág. 94) 'não é culpa do lugar, é da mente'.

+ 1 AKIM

Sou apenas mais um guerreiro quilombola do exército de ZUMBI
contrariando tudo e todos, com metas diferentes, planos loucos,
mas ideais gigantescos.
Contra a elite e a favor do meu povo. Contra alienados e a favor
dos revolucionários.
“Zé povinho” fica mordido, não entende, aponta, julga e condena,
mas aí RAP é meu escudo, é minha arma, é questão de vida ou
morte.
Não me deixo levar, a Rede Globo até tenta, mas não vai me enganar.
Não tô a fim de ver a merda da Sandy e o bosta do Júnior o dia
inteiro na TV cantando suas músicas sem conteúdo e ganhando
dinheiro com o a miséria do meu povo.
Me fazer de cego, não tô a fim, de aturar esta porcaria que domina
a mídia fonográfica, televisiva e escrita.
Mas aí truta no controle remoto se faz uma nação. Meu povo tem
que acordar, parar de sonhar.
Preferem viver em um mundo que não é deles, assistindo TV, se
deixando manipular que nem piolho, indo pela cabeça da elite.
Seguindo o que falam que é certo, julgando e condenando o que
falam que é errado. Não tem opinião própria, o barato é uma
guerra e as armas estão apontadas para o lugar errado.
Mas os guerreiros já tão sacando e cada vez mais se
organizando, se informando e montando estratégias de guerrilha.
Aderindo a “vida loka” e buscando a justiça no mundão.
Em 2001 só os guerreiros justos vão permanecer. “Da ponte pra cá é nóis”!
A vida é uma guerra pra encontra a paz nela tem que ser um guerreiro.
Aqueles que protestam na injustiça são pessoas como valor sem igual.
Aqui quem tá falando é Ratão, mais um soldado dessa guerra,
sempre na cabreragem me esquivando das maldades.
A vida é um jogo, e a morte é a conseqüência.
Aqui não tem artista, eu sou mas um porra loka, filha da sul,
instalado em Capão-SP.
Fazendo o possível pra se manter em pé.
Meu corpo está preso na guerra, mas minha mente escapa
em liberdade.
Literatura marginal lado a lado com us guerreiros de verdade.
Vida longa aos guerreiros justos.
Ratão, 1dasul, extremo sul da Zona sul.
dezembro de 2000

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Poesia falando de poesia


Receita pra lavar palavra suja(Viviane mosé)


Mergulhar a palavra suja em água sanitária.

Depois de dois dias de molho, quarar ao sol do meio dia.

Algumas palavras quando alvejadas ao sol

adquirem consistência de certeza. Por exemplo a palavra vida.

Existem outras, e a palavra amor é uma delas,

que são muito encardidas pelo uso, o que recomenda esfregar

e bater insistentemente na pedra, depois enxaguar em água corrente.

São poucas as que resistem a esses cuidados, mas existem aquelas.

Dizem que limão e sal tira sujeira difícil, mas nada.

Toda tentativa de lavar a piedade foi sempre em vão.

Agora nunca vi palavra tão suja como perda.

Perda e morte na medida em que são alvejadas

soltam um líquido corrosivo, que atende pelo nome de amargura,

que é capaz de esvaziar o vigor da língua.

O aconselhado nesse caso é mantê-las sempre de molho

em um amaciante de boa qualidade. Agora, se o que você quer

é somente aliviar as palavras do uso diário, pode usar simplesmente

sabão em pó e máquina de lavar.

O perigo neste caso é misturar palavras que mancham

no contato umas com as outras. Culpa, por exemplo,

a culpa mancha tudo que encontra e deve ser sempre alvejada sozinha.

Outra mistura pouco aconselhada é amizade e desejo, já que desejo,

sendo uma palavra intensa, quase agressiva, pode,

o que não é inevitável, esgarçar a força delicada da palavra amizade.

Já a palavra força cai bem em qualquer mistura.

Outro cuidado importante é não lavar demais as palavras

sob o risco de perderem o sentido.

A sujeirinha cotidiana, quando não é excessiva,

produz uma oleosidade que dá vigor aos sons.

Muito importante na arte de lavar palavras

é saber reconhecer uma palavra limpa.

Conviva com a palavra durante alguns dias.

Deixe que se misture em seus gestos, que passeie

pela expressão dos seus sentidos. À noite, permita que se deite,

não a seu lado mas sobre seu corpo.

domingo, 21 de junho de 2009

Projeto Nurc

NURC - Norma Urbana Culta
Fundação
O Projeto da Norma Lingüística Urbana Culta foi criado, em âmbito nacional, em 1969, com a indicação dos coordenadores para as cinco cidades em que se desenvolveria o projeto, selecionadas de acordo com os seguintes critérios: ter pelo menos um milhão de habitantes e estratificação social suficiente para atender às exigências do projeto. A coordenação do projeto no Recife coube ao professor José Brasileiro Tenório Vilanova, titular de Língua Portuguesa na Universidade Federal de Pernambuco. No Recife, os trabalhos começaram oficialmente em 1971, com a seguinte equipe: Amara Cristina de Barros e Silva Botelho, Adair Pimentel Palácio, Edileuza dos Santos Dourado, Eneida Martins de Oliveira, Glécia Benvindo Cruz, José Ricardo Paes Barreto, Maria Núbia da Câmara Borges e Maria da Piedade Moreira de Sá. O Projeto NURC se insere na linha de pesquisa “Análise Sócio-Pragmática do Discurso, do PPGLetras.

ObjetivoO
Projeto de Estudo da Norma Lingüística Urbana Culta (Projeto NURC) tinha inicialmente o objetivo de documentar e descrever a norma objetiva do português culto falado em cinco capitais brasileiras: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife. A partir de 1985, considerando as novas tendências de análise lingüística, ampliou-se o escopo do projeto, no sentido de abraçar outros aspectos, tais como: análise da conversação, análise da narrativa, análise sócio-pragmática do discurso e outros.

Principais Linhas de Pesquisa
1. Análise da Narrativa: estudo de narrativas inseridas na conversação (entrevistas), sob diferentes aspectos, tais como: organização interna, características e função, com especial atenção ao papel desempenhado pela avaliação, na terminologia de Labov. Observa-se como as narrativa se vinculam à ou se encaixam na conversação.

2. Análise Crítica do Discurso: Estudo dos aspectos discursivos e ideológicos presentes nas entrevistas (DID, D2, EF). São considerados também os aspectos argumentativos e pragmáticos, a intertextualidade e a organização interacional e sintática.

3. A metalinguagem na conversação: análise dos aspectos formais, discursivos, culturais e ideológicos da conversação. A metalinguagem será estudada como uma manifestação de intertextualidade, o que alarga o campo de abrangência do fenômeno e amplia o espectro de possibilidades de suas realizações e funções.

4. Relações intra-oracionais na conversação. Análise das funções textual-discursivas desempenhadas pela combinação das orações, no texto conversacional.

Projetos individuais em andamento
A metalinguagem na conversação: aspectos discursivos (Sá)
Aspectos pragmático-discursivos da narrativa (Sá)
A metalinguagem na conversação: aspectos formais (Lima)
A metalinguagem na conversação: aspectos ideológicos e culturais (Fraga)

Grámatica descritiva e normativa

A gramática normativa é a modalidade de gramática que se preocupa em preservar as formas lingüísticas da alta literatura de uma língua, e assim prescreve normas de uso da linguagem que atinjam esse efeito.
Já a gramática descritiva se preocupa, como o nome já diz, em descrever o uso da língua pelos falantes no seu dia-a-dia, ou seja, a língua como ela é, com suas variantes cultas, padrão e popular, os usos dos falantes no dia-a-dia.

Elisa Lucinda

Só de Sacanagem - Elisa Lucinda

Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam
entupidas de dinheiro, do meu dinheiro, que reservo
duramente para educar os meninos mais pobres que eu,
para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus
pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e
eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança
vai ser posta à prova? Quantas vezes minha esperança
vai esperar no cais?É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o
aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus
brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao
conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e
dos justos que os precederam: “Não roubarás”, “Devolva
o lápis do coleguinha”,” Esse apontador não é seu, minha filhinha”.
Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido
que escutar.Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca
tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica
ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao
culpado interessará.
Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do
meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear:
mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem!
Dirão: “Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo
o mundo rouba” e eu vou dizer: Não importa, será esse
o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu
irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo aquem a
gente deve e receber limpo do nosso freguês.
Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o
escambau.
Dirão: “É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde
o primeiro homem que veio de Portugal”.
Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal.
Eu repito, ouviram? IMORTAL!
Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente
quiser, vai dá para mudar o final!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

O uso da vírgula


Campanha dos 100 anos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa).

Vírgula pode ser uma pausa... ou não.

Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

Uma vírgula muda tudo.

O uso da vírgula:

O uso da vírgula no interior de orações:
• Separar elementos que exercem a mesma função sintática.
Ex: “Tivera pai, mãe, marido, dois filhos. Todos aos poucos tinham morrido.” (nesse exemplo a vírgula separa uma série de objetos diretos do verbo “ter”.)

Quando elementos que têm mesma função sintática aparecem unidos pelas conjunções e, nem e ou, não se usa vírgulas, a não ser que as conjunções apareçam repetidas:
Ex: Tenho muito cuidado com meus livros e meus CD’s.
Ou você, ou sua esposa deve comparecer à escola de seu filho.

• Para indicar que uma palavra, geralmente verbo, foi suprimida.
Ex: Patrícia, a todos os seus irmãos, deu um presente de Natal; ao marido, apenas um beijo. (A vírgula após “marido" está indicando a supressão do verbo “dar”.)

• Isolar vocativo.
Ex: - E agora, meu marido, aceito ou não o emprego?

• Isolar aposto.
Ex: Goiânia, capital de Goiás, é uma cidade que tem belas mulheres.

• Isolar complemento verbal ou nominal antecipados.
Ex: Um medo terrível, eu senti naquele momento. (inversão do objeto direto)
De cobra, eu morro de medo! (inversão do complemento nominal)

• Isolar adjunto adverbial antecipado. Ex: “Dizem muito que, no Brasil, os corruptos ficam soltos enquanto os ladrões de galinha vão para a cadeia.”

O rei dos animais

O Rei dos Animais
Millôr Fernandes

Saiu o leão a fazer sua pesquisa estatística, para verificar se ainda era o Rei das Selvas. Os tempos tinham mudado muito, as condições do progresso alterado a psicologia e os métodos de combate das feras, as relações de respeito entre os animais já não eram as mesmas, de modo que seria bom indagar. Não que restasse ao Leão qualquer dúvida quanto à sua realeza. Mas assegurar-se é uma das constantes do espírito humano, e, por extensão, do espírito animal. Ouvir da boca dos outros a consagração do nosso valor, saber o sabido, quando ele nos é favorável, eis um prazer dos deuses. Assim o Leão encontrou o Macaco e perguntou: "Hei, você aí, macaco - quem é o rei dos animais?" O Macaco, surpreendido pelo rugir indagatório, deu um salto de pavor e, quando respondeu, já estava no mais alto galho da mais alta árvore da floresta: "Claro que é você, Leão, claro que é você!".
Satisfeito, o Leão continuou pela floresta e perguntou ao papagaio: "Currupaco, papagaio. Quem é, segundo seu conceito, o Senhor da Floresta, não é o Leão?" E como aos papagaios não é dado o dom de improvisar, mas apenas o de repetir, lá repetiu o papagaio: "Currupaco... não é o Leão? Não é o Leão? Currupaco, não é o Leão?".
Cheio de si, prosseguiu o Leão pela floresta em busca de novas afirmações de sua personalidade. Encontrou a coruja e perguntou: "Coruja, não sou eu o maioral da mata?" "Sim, és tu", disse a coruja. Mas disse de sábia, não de crente. E lá se foi o Leão, mais firme no passo, mais alto de cabeça. Encontrou o tigre. "Tigre, - disse em voz de estentor -eu sou o rei da floresta. Certo?" O tigre rugiu, hesitou, tentou não responder, mas sentiu o barulho do olhar do Leão fixo em si, e disse, rugindo contrafeito: "Sim". E rugiu ainda mais mal humorado e já arrependido, quando o leão se afastou.
Três quilômetros adiante, numa grande clareira, o Leão encontrou o elefante. Perguntou: "Elefante, quem manda na floresta, quem é Rei, Imperador, Presidente da República, dono e senhor de árvores e de seres, dentro da mata?" O elefante pegou-o pela tromba, deu três voltas com ele pelo ar, atirou-o contra o tronco de uma árvore e desapareceu floresta adentro. O Leão caiu no chão, tonto e ensangüentado, levantou-se lambendo uma das patas, e murmurou: "Que diabo, só porque não sabia a resposta não era preciso ficar tão zangado".

M O R A L: CADA UM TIRA DOS ACONTECIMENTOS A CONCLUSÃO QUE BEM ENTENDE.

Charge de Millôr Fernandes

Com um estilo de desenhar que parece desleixo, mas não o é, o chargista Millôr Fernandes é quase sempre ácido no seu humor e passa um recado muito pertinente sobre a realidade que nos cerca. Por exemplo, na charge abaixo, ele atenta para o que deve estar passando na cabeça do Lula, tendo em vista o fim próximo de seu mandato.

Frases de Millôr Fernandes

Achei algumas frases de Millôr Fernandes muito interessantes dêem um olhada:

Morte súbita é aquela em que a pessoa morre sem o auxílio dos médicos. (Millor Fernandes)

Se é gostoso faz logo, amanhã pode ser ilegal.

Se todos os homens recebessem exatamente o que merecem, ia sobrar muito dinheiro no mundo.

Por mais violento que seja o argumento contrário, por mais bem formulado, eu tenho sempre uma resposta que fecha a boca de qualquer um: «Vocês têm toda a razão».

Habitação popular é uma casa sem portas e em que não se pode colocar janelas por não haver paredes. (Millor Fernandes)

A única diferença entre a loucura e a saúde mental é que a primeira é muito mais comum.

Idade da razão é quando a gente faz as maiores besteiras sem ficar preocupado. (Millor Fernandes)

Se você agir sempre com dignidade, pode não melhorar o mundo, mas uma coisa é certa: haverá na Terra um canalha a menos.

Errar é humano. Ser apanhado em flagrante é burrice.

Cada vez há mais fortunas feitas entre o pôr-do-sol e o nascer-do-sol do que entre o nascer-do-sol e o pôr-do-sol. (Millor Fernandes)

Acabar com a corrupção é o objetivo supremo de quem ainda não chegou ao poder. (Millor Fernandes)

Quando você dá um espirro se sente um homem realizado. (Millor Fernandes)

Como diz o cara absolutamente íntegro apanhado roubando: "bem, eu também sou humano." (Millor Fernandes)

A saudade diminuiu ou fomos nós que envelhecemos?

Nesse ritmo de incompetência as civilizações tropicais vão acabar morrendo de frio. (Millor Fernandes)

Patriotismo é quando você ama o seu país mais do que qualquer outro. Nacionalismo é quando você odeia todos os países, sobretudo o seu.(Millor Fernandes)

Quando começou a comprar almas, o diabo inventou a sociedade de consumo. (Millor Fernandes)

Além de transformarem o Brasil num cassino, viciaram a roleta. (Millor Fernande)

Nascer estadista em país subdesenvolvido é como nascer com um tremendo talento de violinista numa tribo que só conhece a percussão. (Millor Fernandes)

Feliz é o que você vai perceber que era, algum tempo depois. (Millor Fernandes)

Não há nenhum atleta com espírito esportivo. E nenhum artista trabalha por amor à arte. (Millor Fernandes)

O dedo do destino não deixa impressão digital. (Millor Fernandes)

Canalhas melhoram com o passar do tempo (ficam mais canalhas.) (Millor Fernandes)

Generalizando-se a corrupção, restabelece-se a Justiça. (Millor Fernandes)

Além de ir pro inferno só tenho medo de uma coisa: juros. (Millor Fernandes)

Além de transformarem o Brasil num cassino, viciaram a roleta. (Millor Fernandes)

A verdadeira amizade é aquela que nos permite falar, ao amigo, de todos os seus defeitos e de todas as nossas qualidades.

O dinheiro não dá felicidade. Mas paga tudo o que ela gasta.

domingo, 31 de maio de 2009

Falando em menestrel...

Estava procurando sobre menestrel e encontrei essa música de Milton Nascimento e Fernando Brant, feita em uma homenagem ao senador Teotônio Vilela morto de câncer generalizado, que em 1975, cobrou a redemocratização nacional em discursos memoráveis que lhe valeram o apelido de Menestrel das Alagoas. Achei muito interessante, e espero que vejam a musicalidade que há.

Menestrel das Alagoas
Milton Nascimento

Quem é esse viajante
Quem é esse menestrel
Que espalha esperança
E transforma sal em mel?
Quem é esse saltimbanco
Falando em rebelião
Como quem fala de amores
Para a moça do portão?
Quem é esse que penetra
No fundo do pantanal
Como quem vai manhãzinha
Buscar fruta no quintal?
Quem é esse que conhece
Alagoas e Gerais
E fala a língua do povo
Como ninguém fala mais?
Quem é esse?
De quem essa ira santa
Essa saúde civil
Que tocando a ferida
Redescobre o Brasil?
Quem é esse peregrino
Que caminha sem parar?
Quem é esse meu poeta
Que ninguém pode calar?
Quem é esse?

O que é menestrel ?

Muitas vezes ouvimos falar de menestrel, e vezes não sabemos o que significa sendo que temos acesso a eles muitas vezes sem saber, como o menestrel de Shakespeare, publicado em março.
Menestrel era considerando na Europa Medieval o poeta bardo (um bardo, na história antiga da Europa, era uma pessoa encarregada de transmitir as histórias, as lendas e poemas de forma oral) que referia-se a história de lugares distantes ou sobre eventos históricos reais ou imaginários.Embora criassem seus próprios contos, muitas vezes memorizavam e floreavam obras de outros. A princípio, era o mesmo que jogral(músico, artista andarilho, que recitava as composições dos trovadores) depois, músico e poeta que acompanhava um príncipe.
Um exemplo de menestrel, que tem o vídeo no arquivo de março:

O Menestrel
Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destrui-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem da vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa - por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, e se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que e se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!
"William Shakespeare"

Música de Chico Buarque - Cantiga de amigo

Atrás da Porta
Chico Buarque
Composição: Francis Hime/Chico Buarque

Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus
Juro que não acreditei, eu te estranhei
Me debrucei sobre teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos
Nos teu peito, teu pijama
Nos teus pés ao pé da cama
Sem carinho, sem coberta
No tapete atrás da porta
Reclamei baixinho
Dei pra maldizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar
E me vingar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que ainda sou tua

A música 'Atrás da porta' de Chico Buarque pode ser colocada com cantiga de amigo, pois retrada o lamento da moça cujo namorado partiu, sendo o amor dela por ele natural e espontâneo como na parte 'Te adorando pelo avesso Pra mostrar que ainda sou tua', tendo a presença de musicalidade em toda canção, e contendo pouca subjetividade.

Espelho

Lendo esse texto pude perceber que sempre que algúem faz ou deixa de fazer algo é porque ele não presta ou quer se amostrar, mas quando é conosco sempre tem uma razão, no qual lembrei do texto 'Dias de sombra, dias de luz', onde fica uma pegunta de como a dita 'justiça' e a sociedade pode julgar crimes sendo que a própia sociedade criou pessoas de que não tenha consciência do que seja o crime ou a dor alheia.
Gostei muito desse texto, também por mostrar o egoísmo e individualismo em que vivemciamos e vivemos no nosso cotidiano e que a nossa sociedade nós proporciona, espero que vocês também gostem do texto:

Espelho
Autor Desconhecido

Quando o outro não faz é preguiçoso.Quando você não faz... Está muito ocupado.
Quando o outro fala é intrigante.Quando você fala... É critica construtiva.
Quando o outro se decide a favor de um ponto, é "cabeça dura".Quando você o faz... Está sendo firme.
Quando o outro não cumprimenta, é mascarado.Quando você passa sem cumprimentar... É apenas distração.
Quando o outro fala sobre si mesmo, é egoísta.Quando você fala... É porque precisa desabafar.
Quando o outro se esforça para ser agradável, tem uma segunda intenção.Quando você age assim... É gentil.
Quando o outro encara os dois lados do problema, está sendo fraco. Quando você o faz... Está sendo compreensivo.
Quando o outro faz alguma coisa sem ordem, está se excedendo.Quando você faz... É iniciativa.
Quando o outro progride, teve oportunidade.Quando você progride... É fruto de muito trabalho.
Quando o outro luta por seus direitos, é teimoso.Quando você o faz... É prova de carácter.
Quando faz um texto como estes e dá aos amigos, é porque gosta dos amigos.Quando o outro faz... É um desocupado

domingo, 17 de maio de 2009

Poesia

DE QUE COR SERÁ SENTIR?

Afinal de que cor será sentir?
Será que o amor tem uma cor?
Será vermelho o ódio?
Será branca a paz
Sendo negra a morte
De que cor será a vida?
Sendo negra a fome
Qual a cor da fartura?
Sendo negra a realidade
Qual a cor da ilusão?
Sendo negra a cor que tinge presídios, hospícios
Qual a cor da opressão?

(Hélio de Assis)

Na minha opinião essa poesia mostra o nosso preconceito pré-formado das coisas, de que atribuimos que toda cor escura, forte é coisa ruim, não presta. Como vemos em arte, que as cores escuras significam coisas tristes. Isso é um preconceito que muitas vezes coloca-se no cotidiano, sendo que a raça da pessoa não interfere no que ela é ou deixa de ser. Essa poesia me chamou atenção nesse ponto de vista.

Relação de músicas com o trovadorismo

O Trovador
Altemar Dutra
Composição: (Jair Amorin / Evaldo Gouveia)
Relação com o trovadorismo:
Na cantiga de amor do gênero lírico, uma dos estilos das cantigas do trovadorismo, o eu - lírico (masculino na cantiga de amor) se dirige a mulher amada como uma figura distante, idealizada. O poeta, se põe a serviço de sua senhora, dama da corte, tornando esse amor um objeto de sonho, distante, impossível e nesse tipo de cantiga a um predomínio das idéias. Assim como na música ‘O trovador’ que a o predomínio das idéias do eu-lirico, como vemos no inicio‘sonhei que eu era um trovador’e da amada como uma figura distante ‘sinha mocinha de olhar fugaz’,e se pondo a servico da amada ‘se encantava com meus versos de rapaz...eu passava a cantar novas trovas’ . Nessa música,vemos que a uma distância nas relações entre as classes-socias e por isso o amor entre classes diferentes se torna distante para o eu-lirico.


Queixa
Caetano Veloso
Composição: N.Siqueira / E. Neves

Relação com o trovadorismo:
A música queixa, apresenta características da cantiga de escárnio do gênero satírico, pois o eu - lírico faz uma sátira a alguma pessoa. Essa sátira é indireta, cheia de duplos sentidos. A musica queixa, fala mal a pessoa, por meio de ambigüidades, trocadilhos, ‘serpente, nem sente que me envenenou’, que ela despertou o amor dele sem a intenção de amá-lo ‘Ajoelha e não reza’. Essa música relacionada com o gênero de escárnio estimula a imaginação sugerindo ironia, de que apostar na alegria, ou oferecer algo que se espera recebe-la seja uma ilusão, pois a alegria talvez não seja para todos ou que nem todo consiga alcança-la.



Sozinho
Caetano Veloso
Composição: Peninha
Relação com o trovadorismo:
A música sozinho contêm características da cantiga de amigo do gênero lírico, pois narra o inicio no universo do amor ‘Ou você me enganaOu não está madura’ , e lamenta por vezes a ausência da amada, que por algo foi embora e o deixa sozinho, desabafando seus sentimentos e sua relação de amor.
Na musica sozinho vemos que a visão do eu - lírico sobre o amor não é de submissão, prisão, mas sim de carinho e compreensão.


Incelença pro amor retirante
(Elomar)
Relação com o trovadorismo:
A música Incelença pro amor retirante apresenta características da cantiga de amigo, um dos tipos de cantiga do trovadorismo. Pois narra à ida de seu amor, que é natural e espontâneo, lamentando sua ausência, e por não ter notícias suas. Em algumas vezes declarando a felicidade que seria um próximo encontro ou notícias. Mostrando também a relação do eu-lirico com o povo, evidenciada na influência da tradição oral, em um ambiente natural e Deus tomado como base importante.

Construindo um poema

Um poema de minha autoria, espero que gostem.

Amigo
Amigo é,estar com você em todos os momentos, é
sempre estar pronto para ajudar!
È entender quando você não quer falar.
Amigo é aquqle que te entende, mesmo quando você não fala nad,
é dizer umas boas verdades,
é nunca te deixar só.
Amigo é entender seus momentos deprê,
é saber suas qualidades e defeitos, e
quando tudo parece perdido, ele aparece.
A amizade não é uma coisa de momento, são atos, palavras e atitudes que se solidificam e que o tempo não apaga.
Iolanda Nogueira

domingo, 19 de abril de 2009

Carta de repúdio

Caros publicitários,

Entre as apresentações de programas na Tv são divulgados comerciais de empresas de vários ramos comerciais, que muitas vezes exibem conceitos e argumentos irreais e sem comprovação prática dos benefícios de seus produtos. Além disso, alguns canais de comunicação utiliza-se da exposição excessiva do corpo feminino para que a propaganda tenha o efeito esperado, não pela qualidade do produto em si, mas sim por meio da apelação desnecessária.
Dentro deste contexto, observa-se também que os canais de televisão para se manterem no ar necessitam de recursos financeiros, providos dos comerciais, o que justifica divulgar um produto com imagem distorcida.
Um exemplo disso são os comerciais alimentícios, que apresentam produtos que aparentam não causar danos à saúde, mas em sua composição possuem componentes prejudiciais ao bem estar do consumidor.
Os alimentos industrializados são práticos, apesar disso muitos contêm ingredientes que fazem mal a saúde. Essas substâncias tem o propósito de adicionar sabor, cor e aroma aos alimentos. Como no caso dos iorgutes, sorvetes, bolachas de morango, que costumam conter corantes tôxicos feitos com certos insetos, como a cochonilla, apresentado muitas vezes como corante natural em iorgutes como o danoninho, podendo causar câncer em seus consumidores que em geral são crianças.
Nessa situação se faz necessário a divulgação de informações a respeito do que é divulgado na mídia, a fim de que se alcançe discernimento do que é passado, para impulsionar uma alteração no comportamento da mídia no que diz respeito à divulgação de comerciais.

Atenciosamente,
Iolanda Nogueira

quarta-feira, 25 de março de 2009

Livro cinco minutos

Cinco minutos é um dos meus livros favoritos de literatura, para mim ele é simplesmente perfeito.A história inicia-se, no Rio de Janeiro, quando o narrador perde o ônibus por um atraso de cinco minutos e é obrigado a pegar o próximo.
Senta-se ao lado de uma mulher. Apaixona-se por ela, mas não vê seu rosto, pois ela esta de véu e chapéu, e teme que a mulher seja feia; ela parte pedindo que não a esqueça, mas ele a perde. Depois de um mês tentando descobrir quem é a amada, a encontra numa ópera (La Traviada), declara-se mas ela foge deixando um lenço cheio de lágrimas.
Depois de outros desencontros, finalmente o narrador conhece a mulher e declara-se. Por carta, ela revela que já o observava nos bailes, amava-o há tempos mas não podiam ficar juntos porque ela tinha uma doença incurável.
Nesta mesma carta diz: Parti hoje para Petrópolis, sem previnir-te, e coloquei entre nós o espaço de vinte e quatro horas e uma distância de muitas léguas. No dia seguinte ela partiria para Europa junto de sua mãe. Ela pede ao narrador para que, com tranqüilidade, fosse até ela, se quisesse viver esse amor, mesmo com ela doente.
O narrador faz de tudo para ir atrás da sua amada e enfrenta diversos contratempos. Durante essa travessia, cita seu arrependimento por não ter tido a calma que Carlota recomendara: Pensava então que teria sido mais prudente esperar o dia seguinte e fazer uma viagem breve e rápida, do que sujeitar-me a mil contratempos e mil embaraços, que no fim de contas nada adiantavam.
De barco, se dirigiam à Glória, onde, por ser mais próximo da casa de Carlota, pretendia desembarcar. Porém quando passava diante da Ilha de Villegagnom, se viu diante do paquete inglês que estava a partir. Ele e Carlota deram um longo olhar. O narrador partiria no próximo paquete. Em todos os portos e lugares por onde o narrador passava haveria um bilhete de Carlota, que estava o esperando.
Se encontram enfim. Passam dez dias na Europa; à beira da morte, Carlota pede um beijo e no exato instante em que se beijam, por milagre, a moça se reanima e vive. Passam um ano na Europa, onde casam e montam casa num lugar retirado de Minas.
O leitor moderno pode até sorrir de Alencar pelo seu rômantismo, mas para mim é uma história incrível, e as pessoas precisam dar uma lidinha principalmente aqueles que não dão valor para o amor precisa lê muito este livro.

Um fato interessante é que a história é escrita na forma de carta a uma prima do autor, D..., relatando seu amor por uma jovem, Carlota, nome o qual só é revelado nos últimos capítulos do livro.
Quem quiser baixar, o link é esse:
http://www.4shared.com/file/3264747/a8ada064/jos_de_alencar_-_cinco_minutos.html?s=1

Resposta de um negro

Mesquinhez, sim é mesquinhez!
falar de negros como se não fora gente,
porque embora com a epiderme negra,
é como o branco que tem alma e sente.

Fala língua! Porque tu és carne
e por isso mesmo hás de perecer,
ficando a alma imortal sem cor,
que os nossos olhos não a podem ver.

A pele é negra, sim, esta nós vemos,
porém apenas distingue a raça;
com a pele negra posso ter por dento,
um'alma branca como o é a garça.

Embora negra seja a minha pele,
meu interior é alvo como o lírio,
por isso quando depreciam a um negro
,saio sorrindo sem sofrer martírio.

Sou negro sim, disto me orgulho,
meu sangue é puro, é sangue varonil,
se meu país é grande e valoroso,
se deve ao negro isto que é o BRASIL.

O negro é forte resiste às intempéries,
chuva, sol, sereno, frio, calor,
trabalha sempre sem cansar os braços,
porque o negro trabalha por amor.

Por amor, sim, amor à liberdade
que lhe fora devolvida um dia,
pela Princesa que assinou a LEI,
chamada ÁUREA, a Lei da Alforria.

de Joelson Araújo Matos

segunda-feira, 23 de março de 2009

Sentimentos

“ Não te deixes abalar pelo fato de um dia teres demonstrado os teus sentimentos para quem não soube valorizá-los. O que importa é que soubeste assumi-los sem medo e essa pessoa um dia vai ver o quanto perdeu.Às vezes construímos pequenos sonhos em cima de grandes pessoas, mas com o passar do tempo, percebemos que grande mesmo eram os sonhos, pois as pessoas eram pequenas demais para eles...”

desconhecido

Como posso dizer quem sou??

Como posso dizer quem sou??
Nós somos o que sentimos, o que vivemos e o que pensamos.
E muda com frequência... a cada dia... mudados nossos pensamentos,
sentimentos, abitos, ideais, aprendemos, conhecimentos, experiências....
Há cada dia temos algo pra adicionar ou mudar ao perfil...
Simplismente por que somos pessoas... e como pessoas mudamos..
Se hj sou assim, penso de uma forma, tenho meus ideais,
tenho minha personalidade,gosto de alguma coisa, ou não gosto...
Amanhã talvez posso mudar, ou deixar de ser o q SOU pra simplesmente SER ... a culpa??
da sociedade.Então não posso dizer o que Sou com certeza...
Porque amanhã posso não ser mais... e Nem dizer o que Serei...
porque ñ se pode saber o q vai acontecer... o q vamos aprender.. o q vamos mudar
...Talvez um dia saiba quem souno dia em que a SOCIEDADE PARAR!!
Marisa Andrade

quarta-feira, 18 de março de 2009

Onde está a justiça?

Onde está a justiça da natureza quando ouvimos que apenas os mais aptos sobrevivem?
Onde está a justiça da sociedade quando percebemos que os mais ricos e mais poderosos
têm todos os privilégios? Neste mundo, parece natural para o mais forte exercer
indevido poder sobre o mais fraco. Não é nenhuma novidade que o rico oprime o pobre,
o esperto ridiculariza o tolo, o velho intimida o novo e o são insulta o inválido.
Onde se encontra justiça quando tudo isso acontece?
Na atualidade, parece que nossa vida está cheia de conflito e contradição.

Não há mais grande diferença entre o certo e o errado.
Ao contrário, existem áreas cinzentas, onde não há uma definição precisa ou absoluta do que seja correção ou justiça.
Muitos julgamentos são feitos com base na aparência ou no histórico familiar.
Se uma pessoa vier de boa família, seu valor imediatamente se eleva.
Se vier de um gueto, seu valor imediatamente despenca.
Uma vez que olhamos o mundo por meio de uma ampulheta, onde esperamos encontrar a justiça?

Um dia você aprende

quando estamos estudadando muitas vezes com nossa imaturidade achamos que tudo que se passa para ler não é importante, ao contrário é em cada palavra que se aprende o sentido da vida mais deixamos passar... e para representar issso de um forma melhor só Shakespeare...

Um dia você aprende:

Amigos

Machado de Assis é simplesmente perfeito, sabe o que dizer como essa poesia sobre a amizade,
o que nem todos sabem apreciar.

BONS AMIGOS
Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!
Benditos os que sofrem por amigos,
os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona,
nem se rende.Amigo a gente entende!
Benditos os que guardam amigos,
os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!
Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade
ou te apontam a realidade.Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!
Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!
Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!

(Machado de Assis)

como já dizia Machado de Assis:
"Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.Amigo a gente entende!"

terça-feira, 17 de março de 2009

Essa poesia é simplesmente perfeita, retrata o cotidiano de uma forma bem criativa na qual sem percebermos fazemos poesia...


Poesia do cotidiano...
por; Ana Cullen

Lá vou eu com pensamentos clichês: a belo está nos
olhos de quem vê, é preciso reconhecer que há poesia
em tudo, o viver por sí só já é poesia, são as idéias que
me moveram ao pensar que esse recado, deixado no
quadro de avisos do centro acadêmico de uma
universidade qualquer, pode ser chamado de poesia:

Jú:Não pude te esperar, tou atrasado pro trampo! Me liga
ou te encontro mais tarde no capela*.
Beijo,André.

*Esclarecimento: capela é um bar onde as pessoas
desse curso se encontram nos fins de tarde e noites.

Difícil é alguém me convencer que isso não é belo e que não pode ser poesia!

domingo, 15 de março de 2009

Literatura

Sabemos que o reino das palavras é imenso. Elas brotam de nosso pensamento de maneira natural, não temos a preocupação de elaborar o que dizemos ou até mesmo escrevemos. As palavras, contudo, podem ultrapassar seus limites de significação. Podendo assim, conquistar novos espaços e passar novas possibilidades de perceber a realidade. O caminho que a literatura percorre é este. O artista sente, escolhe e manipula as palavras, as organiza para que produzam um efeito que vá além da sua significação objetiva, procurando aproxima-las do imaginário. A obra do escritor é fruto de sua imaginação, embora seja baseado em elementos reais. Da concretização desse trabalho surge então a obra literária. Dotado de uma percepção aguçada, o escritor capta a realidade através de seus sentimentos. Explora as possibilidades lingüísticas e as manipula no nível semântico, fonético e sintático. A literatura é uma manifestação artística. E difere das demais pela maneira como se expressa, sua matéria-prima é a palavra, a linguagem.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Conversas ....

Conversas...

Há conversas que nos preenchem
Há conversas que são mágicas
Há conversas que nos salvam
Há conversas que deixam saudade
Há conversas que deixam tristeza
Há conversas que deixam um sorriso na cara
Há conversas que têm sonhos
Há conversas que lembramos
Há conversas que esquecemos
Há conversas banais
Há conversas intelectuais
Há conversas malucas
Há conversas.....

Há tantas conversas e de tantos tipos. Tocam-nos por motivos difrentes, ou simplesmente não nos dizerem nada...

sábado, 7 de março de 2009

Poema : Escrevo como quem Quer Ser Escrito

Escrevo como quem quer ser escrito
uma árvore ou uma pena no centro da frase
um espelho branco onde observo a palavra
e dos seus troncos brotam folhas, letras inundações de verde no lago azul do céu que caem, voando, asas de papel como tu, também eu sussurro lentas sílabas à leve melancolia que nos abraça.
Jorge Reis-Sá, in "A Palavra no Cimo das Águas"

" esse poema fala sobre as emoções de qd vc começa a escrver, uma outra forma de ver a escrita, por isso achei muito interssante e resolvi postar."

POESIA :Som da linguagem


Som da Linguagem
Por vezes reaprendo o som inesquecível da linguagem Há muito desligadas formam frases instáveis as palavras Aos excessos do céu cede o silêncio as constelações caem vitimadas pelo eco da fala

Gastão Cruz, in "Campânula"
' as vezes nós esquecemos de como a linguagem eh importante em nossa vida e como ela está presente em nossso dia-a-dia'

Ler : a essência da vida : )

Quando se ler um livro vc mergulha nesse universo, redescobre coisas ou aprende novas, dependendo da maneira q se ler e com q intenção se ler.