quinta-feira, 9 de julho de 2009

+ 1 AKIM

Esses tempos estava lendo o livro Capão Pecado para fazer um relato pessoal, mergulhei na história que foi passada, depois vou postar o relato pessoal aqui. Ao ler esse livro ele quebrou de certa maneira preconceitos que tinha e me mostrou e me fez refletir de um outro ângulo a sociedade em que vivemos e os acontecimentos que presenciamos....No decorrer da leitura vi um rap que me chamou muita a atenção; +1 AKIM, que relacionei com uma outara parte do livro mais a frente (pág. 94) 'não é culpa do lugar, é da mente'.

+ 1 AKIM

Sou apenas mais um guerreiro quilombola do exército de ZUMBI
contrariando tudo e todos, com metas diferentes, planos loucos,
mas ideais gigantescos.
Contra a elite e a favor do meu povo. Contra alienados e a favor
dos revolucionários.
“Zé povinho” fica mordido, não entende, aponta, julga e condena,
mas aí RAP é meu escudo, é minha arma, é questão de vida ou
morte.
Não me deixo levar, a Rede Globo até tenta, mas não vai me enganar.
Não tô a fim de ver a merda da Sandy e o bosta do Júnior o dia
inteiro na TV cantando suas músicas sem conteúdo e ganhando
dinheiro com o a miséria do meu povo.
Me fazer de cego, não tô a fim, de aturar esta porcaria que domina
a mídia fonográfica, televisiva e escrita.
Mas aí truta no controle remoto se faz uma nação. Meu povo tem
que acordar, parar de sonhar.
Preferem viver em um mundo que não é deles, assistindo TV, se
deixando manipular que nem piolho, indo pela cabeça da elite.
Seguindo o que falam que é certo, julgando e condenando o que
falam que é errado. Não tem opinião própria, o barato é uma
guerra e as armas estão apontadas para o lugar errado.
Mas os guerreiros já tão sacando e cada vez mais se
organizando, se informando e montando estratégias de guerrilha.
Aderindo a “vida loka” e buscando a justiça no mundão.
Em 2001 só os guerreiros justos vão permanecer. “Da ponte pra cá é nóis”!
A vida é uma guerra pra encontra a paz nela tem que ser um guerreiro.
Aqueles que protestam na injustiça são pessoas como valor sem igual.
Aqui quem tá falando é Ratão, mais um soldado dessa guerra,
sempre na cabreragem me esquivando das maldades.
A vida é um jogo, e a morte é a conseqüência.
Aqui não tem artista, eu sou mas um porra loka, filha da sul,
instalado em Capão-SP.
Fazendo o possível pra se manter em pé.
Meu corpo está preso na guerra, mas minha mente escapa
em liberdade.
Literatura marginal lado a lado com us guerreiros de verdade.
Vida longa aos guerreiros justos.
Ratão, 1dasul, extremo sul da Zona sul.
dezembro de 2000

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